O músico paraibano Escurinho acertou ao definir a comunicação como princípio básico das relações humanas. No entanto, além da natural capacidade comunicativa do homem, a comunicação a qual se refere o artista implica muito mais nos processos comunicativos contemporâneos, executados através da mídia de massa incumbida de produzir e difundir subjetividades para satisfazer determinadas finalidades.
O século XX evidenciou que as estruturas de poder (culturais, sociais, econômicas e políticas) assimilaram o potencial da comunicação de massas e passaram a recorrer cada vez mais a esta ferramenta para fortalecer seus objetivos e, mais do que nunca, a conservação desta estrutura. Além da manutenção da situação, ao apoderar-se dos meios de comunicação de massa, a estrutura de poder pôde facilmente desestruturar quaisquer possibilidades de ameaça ao sistema vigente. O sociólogo francês Philippe Breton vai além e aponta que a relação entre política e comunicação, por exemplo, proporcionou o desenvolvimento de técnicas de convencimento e, sobretudo, de manipulação das massas.
Desde a nostálgica era do rádio aos sistemas contemporâneos de televisão e imprensa escrita, o desvio midiático exerce um arriscado papel de filtragem da realidade. No processo iniciado a partir de um acontecimento e finalizado no momento de sua publicação, o filtro midiático atua corriqueiramente sobrepondo a valorização da realidade. É temerário assistir a mutação dos fatos de acordo com os interesses dos meios de comunicação, até que se transformem em notícia.
A percepção desta problemática no final da década de 1980, discutida por teóricos e estudiosos da Comunicação Social, suscitou a possibilidade de uma participação popular no acompanhamento do conteúdo gerado pelos meios de comunicação. Neste aspecto a população deixaria de ser um mero destinatário das informações, e passaria a participar do processo de construção e emissão da informação. Afinal, a informação que se pretende divulgar para um público certamente será mais bem recebida e respaldada quando este público acompanha a sua produção.
Essa lógica que sobrepõe o atual modelo de produção de conteúdo tomou as escolas de Comunicação Social do país e ganhou uma alcunha que ao tempo em que inspira ares democráticos, assombra e causa temor: estamos falando da democratização da comunicação.
(continua...)
O século XX evidenciou que as estruturas de poder (culturais, sociais, econômicas e políticas) assimilaram o potencial da comunicação de massas e passaram a recorrer cada vez mais a esta ferramenta para fortalecer seus objetivos e, mais do que nunca, a conservação desta estrutura. Além da manutenção da situação, ao apoderar-se dos meios de comunicação de massa, a estrutura de poder pôde facilmente desestruturar quaisquer possibilidades de ameaça ao sistema vigente. O sociólogo francês Philippe Breton vai além e aponta que a relação entre política e comunicação, por exemplo, proporcionou o desenvolvimento de técnicas de convencimento e, sobretudo, de manipulação das massas.
Desde a nostálgica era do rádio aos sistemas contemporâneos de televisão e imprensa escrita, o desvio midiático exerce um arriscado papel de filtragem da realidade. No processo iniciado a partir de um acontecimento e finalizado no momento de sua publicação, o filtro midiático atua corriqueiramente sobrepondo a valorização da realidade. É temerário assistir a mutação dos fatos de acordo com os interesses dos meios de comunicação, até que se transformem em notícia.
A percepção desta problemática no final da década de 1980, discutida por teóricos e estudiosos da Comunicação Social, suscitou a possibilidade de uma participação popular no acompanhamento do conteúdo gerado pelos meios de comunicação. Neste aspecto a população deixaria de ser um mero destinatário das informações, e passaria a participar do processo de construção e emissão da informação. Afinal, a informação que se pretende divulgar para um público certamente será mais bem recebida e respaldada quando este público acompanha a sua produção.
Essa lógica que sobrepõe o atual modelo de produção de conteúdo tomou as escolas de Comunicação Social do país e ganhou uma alcunha que ao tempo em que inspira ares democráticos, assombra e causa temor: estamos falando da democratização da comunicação.
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